Também tu, Brutus?
Uma das coisas que mais me fascina na política em Portugal é a coerência.
Atentem nas seguintes pérolas:
"(...) abre uma crise governativa que exige soluções corajosas de transparência, clarificação, estabilização e respeito pelo povo português."
"(...) qualquer substituição (...) por outra personalidade indicada (...) seria uma solução artificial, inaceitável e destituída de um mínimo de credibilidade."
Agora é tempo de "mudar de opinião".
Não há Dúvida?!
23 Comments:
É favor de cortarem essa cabeça... de preferência à machadada...
Ó meu caro Ricardo!
Então o amigo (permita que o trate assim) ousa questionar os métodos da esquerda politicamente correcta do país?
Não há partido que mais tenha lutado em Portugal pela liberdade, meu amigo...
O problema é que a liberdade de certa esquerda é a liberdade de concordar com eles!
Para além de que o pcp tem uma noção de democracia deveras curiosa, assim ao estilo de Estaline e Fidel.
O que vale é que já ninguém de boa fé lhes liga muita importância.
Felizmente.
Cumprimentos.
Caro eumesmo,
Trate-me como amigo, pois é assm que o considero.
De facto, como diz e bem, a "esquerda" em Portugal é basicamente isto: olha para o que eu digo, não olhes para o que faço.
O curioso é que o povão ainda não aprendeu...e vamos gramar o eng. mais uns anitos.
Depois não haverá salvação...
Um Abraço,
Caro Ricardo,
Li e reli os dois artigos e ainda não consegui comparar o incomparável, isto é, comparar um 1º Ministro com um Presidente de Câmara, comparar um abandono do cargo com uma substituição no cargo, abandonar o navio e deixar a criança nos braços do Partido (no caso, do PSD/PPD) com um Partido (no caso o PCP) assumir a responsabilidade por uma substituição de uma pessoa num cargo.
Esclareçam-me lá V. Exa. e os que acima comentaram, do alto de tão sublimes clarividências.
«Linkei-te», Ricardo.
Mais logo comento (o comentário anterior é pertinente).
Cara Sanfona Lusitana,
Em primeiro lugar, e talvez ao contrário do que possa pensar, este blog é um ponto de encontro e de discussão de ideias. Procuramos fazê-lo de forma livre, sem qualquer tipo de calculismos ou segundas intenções.
Como tal, a referência que faz a "do alto de tão sublimes clarividências" só pode ser considerado como falta de hábito em conversar e discutir, de forma construtiva.
Não pretendo "iluminar" ninguém. O que pretendo é deixar determinado tipo de assuntos para as pessoas, por si, poderem reflectir. Este é, aliás, e na minha opinião, um dos dramas que afecta um grande número de Portugueses: gostam pouco de pensar pela sua cabeça.
Em segundo lugar, e quanto ao que define como incomparável, pode ser que sim. Sendo a sua opinião, que respeito, não concordo. Tenho a faculdade de pensar por mim, pelo que, permita-me, discordo de si. Contudo, não quer isto dizer que eu esteja certo ou errado. Sou suficientemente inteligente para perceber quando devo alterar a minha opinião. Agora, não altero as minhas convicções.
Se me permitir, não tendo a arrogância nem a pretensão de ser clarividente, poderei partilhar consigo a minha opinião. Isto, desde que esteja disponível para o efeito.
Respeitosos Cumprimentos,
Caro(a) Sanfona:
É clarividente que um presidente de câmara não é um primeiro-ministro (La Palisse dixit).
É clarividente que uma substituição não é um abandono (La Palisse dixit).
O que já não é tão clarividente para o meu caro(a) e que de facto o é para mim e, suponho que para o Ricardo também, é que nuns casos, os que nos dão jeito (a eles), o PCP defende a remoção total dos incompetentes e corruptos - neste caso o Governo - noutros casos, aqueles em que "temos o rabo preso", já defendemos uma mera substituição dos incompetentes e corruptos, pelos camaradas desses mesmos!
É que, estes últimos, são dos "nossos"! Do PCP!
Parece-me clarividente que, sair para exercer funções que honram o país e quem as desempenha é, para mim que nada tenho de clarividente e muito menos de sublime, diverso de sair porque se pode perder o mandato por corrupção e ilegalidade...
Se o meu caro(a) Sanfona não encontra aqui similitudes e assimetrias pode, com efeito, recorrer a quem seja apenas um mero cidadão como eu, ou até, como eu, seja analfabeto, por forma a que lhe explique. Bastam 30 segundos...
Não necessita de sublimes clarividentes.
Verá que é fácil.
Respeitosos cumprimentos.
Caro eumesmo,
Já não necessito de partilhar nada.
Como sempre, esclarecedor...
Um Abraço.
O comentário de sanfona lusitana é pertinente, pois, levanta-nos algumas questões:
- Será mais importante o primeiro-ministro que o presidente de câmara?
- O tipo de eleição é diferente?
- Votamos em pessoas ou em partidos?
- Abandono ou substituição?
Começo por responder à última questão. O sr. Carlos (presidente da câmara de Setúbal) colocou o lugar à disposição (abandonou-o, portanto) sem uma razão plausível (tanto quanto me apercebi).
Quanto às outras interrogações, outros poderão responder (eu responderei na minha casa).
Caro Pedro Oliveira,
Compreendendo que se trata de um assunto onde poderão existir várias sensibilidades, não posso, contudo, deixar de referir o seguinte:
- Os Cargos Públicos, independentemente da sua maior ou menor dimensão, merecem uma postura transparente e ética. Podemos questionar a "importância" de um Presidente de Câmara em relação a um 1º Ministro. É verdade. No entanto, o desempenho de qualquer cargo público deverá reger-se pelos mesmos critérios;
- No caso de Setúbal, é bom recordar, falamos da 3ª ou 4ª maior autarquia do País;
- O que questionei, sempre passível de contestação e/ou desacordo, visava um príncipio que, para mim, deveria ser sagrado. O exercício de um qualquer cargo sujeito a eleição carece do aval dos eleitores. A eleição para uma autarquia é, grosso modo, semelhante à eleição de um Governo. Apesar de nos impingirem a ideia que votamos numa pessoa, de facto votamos num partido. No entanto, essa confusão permite que muitos dos votos "recolhidos" sejam, efectivamente, pelas pessoas e não pelos partidos. Assim, falamos de um dos problemas eleitorais neste País: votamos nas pessoas ou nos partidos?
- Quando o Presidente Sampaio escolheu a "solução" Santana, fui contra. Precisamente pela aplicação desse princípio: as pessoas votaram no PSD de Durão Barroso e não no de Santana;
- Assim, o que poderemos questionar é da legitimidade que um partido tem para substituir um candidato vencedor.
Vamos admitir, por mera hipótese, que o Partido X apresenta a eleições legislativas uma personalidade de inegável qualidade e categoria. Essa candidatura merece a maioria dos votos. A seguir às eleições, o partido decide substituir a dita personalidade por uma pessoa do "aparelho". Independentemente do valor das pessoas, falamos de uma "falsidade" perante o eleitorado.
No caso de Setúbal, o que me merece reprovação é a atitude do PCP que, e bem, criticou a substituição de Durão por Santana. Falamos, portanto, de uma questão de coerência e princípio.
Como dizia o eumesmo, e muito bem, neste caso não devia interessar.
Cumprimentos,
Então um executivo camarário não é eleito por votação democrática, como o governo?!
Seja um governo, uma câmara, uma junta de freguesia, não são todos eleitos por sufrágio directo, secreto e universal?!
Se sai o cabeça de lista e líder de um governo, uma câmara ou uma junta, não têm todos a mesma legitimidade democrática assente no voto?!
Porquê misturar alhos com bugalhos?! Apenas porque uns são maiores e tiveram votos a nível nacional e os outros a nível local?!
Se existe abandono do líder, seja do governo, da câmara ou da junta, porquê nuns casos pedir novas eleições e nos outros apenas substituição se os votos são exactamente os mesmos, ou seja, uma pessoa, um voto!
A não ser que se ache que os votos locais têm menos importância do que os nacionais, que umas eleições são menos importantes que outras!
A não ser que se ache que a legitimidade de um governo para continuar a governar quando sai o seu líder, deixa de existir, mas nas câmaras ou nas juntas continua a existir...porquê?!!
Neste caso sabemos a razão...os camaradas eram do PC...
Não me parece existir mais nenhuma.
"A não ser que se ache que a legitimidade de um governo para continuar a governar quando sai o seu líder, deixa de existir, mas nas câmaras ou nas juntas continua a existir...porquê?!!".
Nem uma coisa, nem outra. evice-versa. Porque ninguém vota para o governo!!!! ninguém elege o primeiro ministro(governo) a não ser a assembleia da república. nas legislativas vota-se em partidos para uma assembleia que hoje em dia não se respeita e não se dá ao respeito e que se chama "da república". já nas autarquias vota-se em pessoas concretas apoiadas (ou não)por partidos políticos.
e aqui está toda a diferença. quanto ao caso de setubal, da parte criminal, não falo sem apresença do meu advogado(a)mas no que toca à apreciação como cidadão e como entendimento que tenho da democracia entendo que deveria haver lugar à convocação de eleições.
no caso da fuga do Mr.nulidade para bruxelas e da batata quente nas mãos do sempaio se deveria ou não haver eleições , se deveria ser nomeado o santana....bahhhh passados estes anos ainda andamos a perder tempo com o irremediável?
já está, já foi.... o que é que querem agora? agora gramam com o pinócrates que é pra aprenderem. se não aprenderem, daqui a uns anos andam a discutir o Mr. nulidade 2 que é o eng. pinto de sousa enquanto um outro filho da puta qualquer nos (vos) vai ao cú com amaior das facilidades e prazer dos diariamente enrabados.
se quiserem discutir o passado estudem factos não percam tendo a trabalhar cenários que nunca chegarão a cena. são passado.
questionem os factos! e façam a vocês mesmos perguntas as perguntas.
facto: sempaio nomeou o papa-todas (diz quem sabe) santana .
se houvesse eleições o brilhantina teria como opositor ferro rodrigues , um homem implicado no processo casa pia . curioso, não é?
fiquem bem
speed is the key
"Agora (sem o camarada Carlos), é que o povo unido nunca mais será vencido! Nunca mais será vencido!"
Bom post, Ricardo... Está a dar "pano para mangas"!
Querido anônimo, a fazer das suas? Pelo que vejo, continua com os mesmos sintomas: speed, speed, speed...
Bem que o avisei, aquele cruzeiro pelo Mediterrânico fez-lhe mal. Porém, fique descansado. A velocidade é isso mesmo: passa!
Obrigada pelo correio. depois, voltarei.
you said it.
thanks!
speed is the key
Que confusão para aí vai...
Enfim...todos têm direito a dar opinião.
Seja ela lá o que for...
Respeitosos cumprimentos a...olhem...a todos!
há cada tótó...
enfim...
pois, ...
que fazer??
talvez pegar num cavalo e zarpar a galope para damasco não fosse má ideia :)
speed is the key
Há sempre a opção do ecstacy...
ou a Festa do Avante...
deve lá estar a sanfona
Há dúvida? Claro que não?
Isto é um circo.
Enviar um comentário
<< Home