29 agosto 2006

Também tu, Brutus?

Uma das coisas que mais me fascina na política em Portugal é a coerência.

Atentem nas seguintes pérolas:
"(...) abre uma crise governativa que exige soluções corajosas de transparência, clarificação, estabilização e respeito pelo povo português."
"(...) qualquer substituição (...) por outra personalidade indicada (...) seria uma solução artificial, inaceitável e destituída de um mínimo de credibilidade."

Agora é tempo de "mudar de opinião".


Não há Dúvida?!

23 Comments:

At terça-feira, agosto 29, 2006 8:56:00 da manhã, Blogger CARMO said...

É favor de cortarem essa cabeça... de preferência à machadada...

 
At terça-feira, agosto 29, 2006 9:39:00 da manhã, Anonymous Anónimo said...

Ó meu caro Ricardo!
Então o amigo (permita que o trate assim) ousa questionar os métodos da esquerda politicamente correcta do país?
Não há partido que mais tenha lutado em Portugal pela liberdade, meu amigo...
O problema é que a liberdade de certa esquerda é a liberdade de concordar com eles!
Para além de que o pcp tem uma noção de democracia deveras curiosa, assim ao estilo de Estaline e Fidel.
O que vale é que já ninguém de boa fé lhes liga muita importância.
Felizmente.

Cumprimentos.

 
At terça-feira, agosto 29, 2006 1:29:00 da tarde, Blogger Ricardo said...

Caro eumesmo,

Trate-me como amigo, pois é assm que o considero.
De facto, como diz e bem, a "esquerda" em Portugal é basicamente isto: olha para o que eu digo, não olhes para o que faço.

O curioso é que o povão ainda não aprendeu...e vamos gramar o eng. mais uns anitos.

Depois não haverá salvação...

Um Abraço,

 
At terça-feira, agosto 29, 2006 11:19:00 da tarde, Blogger Pirolito said...

Caro Ricardo,

Li e reli os dois artigos e ainda não consegui comparar o incomparável, isto é, comparar um 1º Ministro com um Presidente de Câmara, comparar um abandono do cargo com uma substituição no cargo, abandonar o navio e deixar a criança nos braços do Partido (no caso, do PSD/PPD) com um Partido (no caso o PCP) assumir a responsabilidade por uma substituição de uma pessoa num cargo.
Esclareçam-me lá V. Exa. e os que acima comentaram, do alto de tão sublimes clarividências.

 
At quarta-feira, agosto 30, 2006 6:16:00 da manhã, Blogger pedro oliveira said...

«Linkei-te», Ricardo.
Mais logo comento (o comentário anterior é pertinente).

 
At quarta-feira, agosto 30, 2006 8:47:00 da manhã, Blogger Ricardo said...

Cara Sanfona Lusitana,

Em primeiro lugar, e talvez ao contrário do que possa pensar, este blog é um ponto de encontro e de discussão de ideias. Procuramos fazê-lo de forma livre, sem qualquer tipo de calculismos ou segundas intenções.
Como tal, a referência que faz a "do alto de tão sublimes clarividências" só pode ser considerado como falta de hábito em conversar e discutir, de forma construtiva.
Não pretendo "iluminar" ninguém. O que pretendo é deixar determinado tipo de assuntos para as pessoas, por si, poderem reflectir. Este é, aliás, e na minha opinião, um dos dramas que afecta um grande número de Portugueses: gostam pouco de pensar pela sua cabeça.

Em segundo lugar, e quanto ao que define como incomparável, pode ser que sim. Sendo a sua opinião, que respeito, não concordo. Tenho a faculdade de pensar por mim, pelo que, permita-me, discordo de si. Contudo, não quer isto dizer que eu esteja certo ou errado. Sou suficientemente inteligente para perceber quando devo alterar a minha opinião. Agora, não altero as minhas convicções.

Se me permitir, não tendo a arrogância nem a pretensão de ser clarividente, poderei partilhar consigo a minha opinião. Isto, desde que esteja disponível para o efeito.

Respeitosos Cumprimentos,

 
At quarta-feira, agosto 30, 2006 10:58:00 da manhã, Anonymous Anónimo said...

Caro(a) Sanfona:

É clarividente que um presidente de câmara não é um primeiro-ministro (La Palisse dixit).
É clarividente que uma substituição não é um abandono (La Palisse dixit).
O que já não é tão clarividente para o meu caro(a) e que de facto o é para mim e, suponho que para o Ricardo também, é que nuns casos, os que nos dão jeito (a eles), o PCP defende a remoção total dos incompetentes e corruptos - neste caso o Governo - noutros casos, aqueles em que "temos o rabo preso", já defendemos uma mera substituição dos incompetentes e corruptos, pelos camaradas desses mesmos!
É que, estes últimos, são dos "nossos"! Do PCP!
Parece-me clarividente que, sair para exercer funções que honram o país e quem as desempenha é, para mim que nada tenho de clarividente e muito menos de sublime, diverso de sair porque se pode perder o mandato por corrupção e ilegalidade...
Se o meu caro(a) Sanfona não encontra aqui similitudes e assimetrias pode, com efeito, recorrer a quem seja apenas um mero cidadão como eu, ou até, como eu, seja analfabeto, por forma a que lhe explique. Bastam 30 segundos...
Não necessita de sublimes clarividentes.
Verá que é fácil.

Respeitosos cumprimentos.

 
At quarta-feira, agosto 30, 2006 11:13:00 da manhã, Blogger Ricardo said...

Caro eumesmo,

Já não necessito de partilhar nada.
Como sempre, esclarecedor...

Um Abraço.

 
At quarta-feira, agosto 30, 2006 10:56:00 da tarde, Blogger pedro oliveira said...

O comentário de sanfona lusitana é pertinente, pois, levanta-nos algumas questões:

- Será mais importante o primeiro-ministro que o presidente de câmara?
- O tipo de eleição é diferente?
- Votamos em pessoas ou em partidos?
- Abandono ou substituição?

Começo por responder à última questão. O sr. Carlos (presidente da câmara de Setúbal) colocou o lugar à disposição (abandonou-o, portanto) sem uma razão plausível (tanto quanto me apercebi).

Quanto às outras interrogações, outros poderão responder (eu responderei na minha casa).

 
At quinta-feira, agosto 31, 2006 8:45:00 da manhã, Blogger Ricardo said...

Caro Pedro Oliveira,

Compreendendo que se trata de um assunto onde poderão existir várias sensibilidades, não posso, contudo, deixar de referir o seguinte:
- Os Cargos Públicos, independentemente da sua maior ou menor dimensão, merecem uma postura transparente e ética. Podemos questionar a "importância" de um Presidente de Câmara em relação a um 1º Ministro. É verdade. No entanto, o desempenho de qualquer cargo público deverá reger-se pelos mesmos critérios;
- No caso de Setúbal, é bom recordar, falamos da 3ª ou 4ª maior autarquia do País;
- O que questionei, sempre passível de contestação e/ou desacordo, visava um príncipio que, para mim, deveria ser sagrado. O exercício de um qualquer cargo sujeito a eleição carece do aval dos eleitores. A eleição para uma autarquia é, grosso modo, semelhante à eleição de um Governo. Apesar de nos impingirem a ideia que votamos numa pessoa, de facto votamos num partido. No entanto, essa confusão permite que muitos dos votos "recolhidos" sejam, efectivamente, pelas pessoas e não pelos partidos. Assim, falamos de um dos problemas eleitorais neste País: votamos nas pessoas ou nos partidos?
- Quando o Presidente Sampaio escolheu a "solução" Santana, fui contra. Precisamente pela aplicação desse princípio: as pessoas votaram no PSD de Durão Barroso e não no de Santana;
- Assim, o que poderemos questionar é da legitimidade que um partido tem para substituir um candidato vencedor.

Vamos admitir, por mera hipótese, que o Partido X apresenta a eleições legislativas uma personalidade de inegável qualidade e categoria. Essa candidatura merece a maioria dos votos. A seguir às eleições, o partido decide substituir a dita personalidade por uma pessoa do "aparelho". Independentemente do valor das pessoas, falamos de uma "falsidade" perante o eleitorado.

No caso de Setúbal, o que me merece reprovação é a atitude do PCP que, e bem, criticou a substituição de Durão por Santana. Falamos, portanto, de uma questão de coerência e princípio.

Como dizia o eumesmo, e muito bem, neste caso não devia interessar.

Cumprimentos,

 
At quinta-feira, agosto 31, 2006 9:01:00 da manhã, Anonymous Anónimo said...

Então um executivo camarário não é eleito por votação democrática, como o governo?!
Seja um governo, uma câmara, uma junta de freguesia, não são todos eleitos por sufrágio directo, secreto e universal?!
Se sai o cabeça de lista e líder de um governo, uma câmara ou uma junta, não têm todos a mesma legitimidade democrática assente no voto?!
Porquê misturar alhos com bugalhos?! Apenas porque uns são maiores e tiveram votos a nível nacional e os outros a nível local?!
Se existe abandono do líder, seja do governo, da câmara ou da junta, porquê nuns casos pedir novas eleições e nos outros apenas substituição se os votos são exactamente os mesmos, ou seja, uma pessoa, um voto!
A não ser que se ache que os votos locais têm menos importância do que os nacionais, que umas eleições são menos importantes que outras!
A não ser que se ache que a legitimidade de um governo para continuar a governar quando sai o seu líder, deixa de existir, mas nas câmaras ou nas juntas continua a existir...porquê?!!
Neste caso sabemos a razão...os camaradas eram do PC...
Não me parece existir mais nenhuma.

 
At quinta-feira, agosto 31, 2006 11:47:00 da tarde, Anonymous Anónimo said...

"A não ser que se ache que a legitimidade de um governo para continuar a governar quando sai o seu líder, deixa de existir, mas nas câmaras ou nas juntas continua a existir...porquê?!!".

Nem uma coisa, nem outra. evice-versa. Porque ninguém vota para o governo!!!! ninguém elege o primeiro ministro(governo) a não ser a assembleia da república. nas legislativas vota-se em partidos para uma assembleia que hoje em dia não se respeita e não se dá ao respeito e que se chama "da república". já nas autarquias vota-se em pessoas concretas apoiadas (ou não)por partidos políticos.
e aqui está toda a diferença. quanto ao caso de setubal, da parte criminal, não falo sem apresença do meu advogado(a)mas no que toca à apreciação como cidadão e como entendimento que tenho da democracia entendo que deveria haver lugar à convocação de eleições.
no caso da fuga do Mr.nulidade para bruxelas e da batata quente nas mãos do sempaio se deveria ou não haver eleições , se deveria ser nomeado o santana....bahhhh passados estes anos ainda andamos a perder tempo com o irremediável?
já está, já foi.... o que é que querem agora? agora gramam com o pinócrates que é pra aprenderem. se não aprenderem, daqui a uns anos andam a discutir o Mr. nulidade 2 que é o eng. pinto de sousa enquanto um outro filho da puta qualquer nos (vos) vai ao cú com amaior das facilidades e prazer dos diariamente enrabados.

se quiserem discutir o passado estudem factos não percam tendo a trabalhar cenários que nunca chegarão a cena. são passado.
questionem os factos! e façam a vocês mesmos perguntas as perguntas.

facto: sempaio nomeou o papa-todas (diz quem sabe) santana .

se houvesse eleições o brilhantina teria como opositor ferro rodrigues , um homem implicado no processo casa pia . curioso, não é?

fiquem bem

speed is the key

 
At sexta-feira, setembro 01, 2006 12:52:00 da manhã, Blogger psac74 said...

"Agora (sem o camarada Carlos), é que o povo unido nunca mais será vencido! Nunca mais será vencido!"

Bom post, Ricardo... Está a dar "pano para mangas"!

 
At sexta-feira, setembro 01, 2006 8:28:00 da manhã, Anonymous Anónimo said...

Querido anônimo, a fazer das suas? Pelo que vejo, continua com os mesmos sintomas: speed, speed, speed...
Bem que o avisei, aquele cruzeiro pelo Mediterrânico fez-lhe mal. Porém, fique descansado. A velocidade é isso mesmo: passa!
Obrigada pelo correio. depois, voltarei.

 
At sexta-feira, setembro 01, 2006 10:55:00 da manhã, Anonymous Anónimo said...

you said it.
thanks!

speed is the key

 
At sexta-feira, setembro 01, 2006 11:00:00 da manhã, Anonymous Anónimo said...

Que confusão para aí vai...
Enfim...todos têm direito a dar opinião.
Seja ela lá o que for...

Respeitosos cumprimentos a...olhem...a todos!

 
At sexta-feira, setembro 01, 2006 2:54:00 da tarde, Anonymous Anónimo said...

há cada tótó...
enfim...

 
At sexta-feira, setembro 01, 2006 3:28:00 da tarde, Anonymous Anónimo said...

pois, ...
que fazer??

 
At sábado, setembro 02, 2006 12:17:00 da manhã, Anonymous Anónimo said...

talvez pegar num cavalo e zarpar a galope para damasco não fosse má ideia :)

speed is the key

 
At sábado, setembro 02, 2006 1:04:00 da tarde, Blogger Ricardo said...

Há sempre a opção do ecstacy...

 
At sábado, setembro 02, 2006 7:13:00 da tarde, Anonymous Anónimo said...

ou a Festa do Avante...

 
At sábado, setembro 02, 2006 7:14:00 da tarde, Anonymous Anónimo said...

deve lá estar a sanfona

 
At segunda-feira, setembro 04, 2006 11:17:00 da tarde, Blogger Alien David Sousa said...

Há dúvida? Claro que não?
Isto é um circo.

 

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