08 fevereiro 2006

Direita ou Esquerda?

Existe a permanente questão, na nossa sociedade , de definir as situações e problemas como consequências pretensamente ideológicas: de Direita ou Esquerda. Há os analistas de Direita e os de Esquerda, supostamente.

Por pensar pela minha própria cabeça, pelos vistos coisa rara no nosso País, sempre entendi essa dicotomia como algo que, nos dias de hoje, cada vez menos faz sentido. Na minha opinião, nada se resume à simplicidade de classificar as coisas nesses termos. Deveria existir, isso sim - o que manifestamente não acontece, o bom-senso e a honestidade suficiente para se entender o que é melhor e o que é pior para um determinado assunto. Analisemos dois exemplos:

A Pobreza - O País atravessa grandes dificuldades, análise quase unânime. Faz sentido tratar-se este assunto como algo de Ideologias? Quem gosta de ver um Pedinte na Rua? Quem gosta de ver Pessoas de idade a mendigar? Assim sendo, porque temos de aturar a velha questão de que só a Esquerda se interessa e defende os Pobres? Têm o exclusivo da preocupação?
É por essas e por outras que não suporto o Francisco Louçã. Quando ele fala, acha-se o defensor absoluto da verdade e da razão. A Direita, diz ele...

As Assimetrias - Quem tem a oportunidade de conhecer o País sabe que basta ir do Litoral para o Interior para verificar a diferença entre Dinâmica e Atrofia. O Dinheiro costuma estar onde estão as pessoas e vice-versa. Quando fui à Madeira, sair do Funchal e ir mais para o interior da Ilha é como sair de Lisboa e chegar a Mondim de Basto. Quando o Alberto João Jardim fala, acha que a Madeira é um exemplo de dinamismo e progresso. A Esquerda, diz ele...

São apenas dois exemplos da falta de bom-senso e de desonestidade intelectual. Não sei se sou de Direita ou de Esquerda. Sei sim, que o meu País tem todas as condições para ser melhor, mais equilibrado, mais justo. Não o é porque temos uma "Elite" pensante(???) que tudo resume a Direita ou Esquerda.

Não há Dúvida?!

14 Comments:

At quarta-feira, fevereiro 08, 2006 1:05:00 da tarde, Blogger psac74 said...

Ricardo,

Concordo completamente contigo... Muitas vezes tenho pensado neste assunto.
Realmente, se juntassemos o melhor de uma mão e o melhor da outra, se calhar as coisas siam diferentes.
Infelizmente, há a tendência para balizar as coisas pela esquerda e pela direita (defendo isto porque é de esquerda, ataco aquilo porque é de direita e vice-versa)... e o bom-senso, a minha consciência?

Um grande abraço

PS - Na minha singela opinião devo dizer-te que foste extremamente feliz com a publicação deste post. Aliás, nada a que já não me tenhas habituado.

 
At quarta-feira, fevereiro 08, 2006 2:44:00 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Pois, pois...
Há já muito tempo que sinto essa mesma dificuldade em distinguir o que seria de esquerda ou de direita.
Aliás, existem exemplos recentes (não só em termos de ideologia mas inclusivé no modus operandi) que em nada me ajudaram a esclarecer essa dicotomia: Fátima Felgueiras e Avelino Ferreira Torres. São do mesmo partido, não?! Ou pelo menos tiveram a mesma escola!

 
At quarta-feira, fevereiro 08, 2006 3:30:00 da tarde, Blogger SP said...

Caro Ricardo,

Como já tive a oportunidade de o dizer, actualmente as grandes diferenças entre a Esquerda e a Direita existem nas extremidades do espectro político.
As outras, mais ténues, aquelas entre o centro-direita e centro-esquerda que é quem forma governo em Portugal, estão nas prioridades e nos métodos de acção política.

Cunprimentos

 
At quinta-feira, fevereiro 09, 2006 2:55:00 da manhã, Blogger Espanhol said...

Eu também não sei se sou da Direita ou da Esquerda...

Sei que se se juntasse o melhor da Direita com o melhor da Esquerda... o nosso país estaria bem melhor. há condições para isso.

parabéns por este post ;-)

 
At quinta-feira, fevereiro 09, 2006 9:33:00 da manhã, Anonymous Anónimo said...

Queridos

eu acho que há grandes diferenças e imensamente visíveis. Percebe?
A esquerda, no geral, veste-se mal, tipo não tem glamour.
Depois, estão-se sempre a queixar, nunca estão contentes, não se divertem como nós. São umas secas.
Depois têm também aquela coisa das manifestações, manifes na linguagem deles, onde se grita muito e não se pode lá tar com o cheiro. Porque eles andam ali pa cima e pa baixo e suam. Aliás, a esquerda sua muito. Depois, aqueles gritos super demodé, tipo: "O Povo unido jamais será vencido"; "Repressão policial, terrorismo oficial"; "Não pagamos" e não sei quê.
Nós não gritamos porque isso é muito feio. Achamos que o Pedro e o Paulinho, assim como, o tio Bagão é que deviam tomar conta disto.
A esquerda também fala muito, tipo do ambiente, que há muita poluição e os gases de não sei quê. E o céu tá sempre azul. É mesmo só para chatearem.
A esquerda não vai a festas, tirando aqueles queridos do Bloco, mas esse também só conhecem o Lux.
Nós gostamos muito da família por isso quando vamos pas festas levamo-la connosco.
Depois, há uma diferença giríssima, a esquerda anda sempre a falar nos pobres e quer acabar com a pobreza e não sei quê. Mas os pobres votam na direita e, por isso, a direita não pode acabar com eles, Tá a ver, é a vantagem da esmola. Percebe?

Um beijo

 
At quinta-feira, fevereiro 09, 2006 12:14:00 da tarde, Blogger Ricardo said...

Caríssimos,

Para vos provar o meu pensamento, oportunamente irei dedicar algum tempo a apresentar pequenas medidas que, com bom-senso e honestidade, reporiam alguma ética e moral...

Depois digam-me se são de Esquerda ou Direita...

 
At quinta-feira, fevereiro 09, 2006 1:50:00 da tarde, Blogger psac74 said...

Caro Ticaio, aguardo ansiosamente.

Um abraço

 
At quinta-feira, fevereiro 09, 2006 7:05:00 da tarde, Blogger JB said...

Bem visto e melhor escrito.
Contudo, caro Ricardo, já devia ter juizinho e saber (como sei que sabe, embora ainda sonhe, como eu, com um mundo diferente)que isso é utópico. Enquanto tivermos na política os trastes corruptos e incompetentes que não encaixam em empresas competitivas e enquanto os interesses pessoais se sobrepuserem aos da nação, não chegaremos a lado nenhum.

Um abraço.

 
At quinta-feira, fevereiro 09, 2006 7:43:00 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Pois, o problema é esse, ter "o bom-senso e a honestidade suficiente para se entender o que é melhor e o que é pior para um determinado assunto." Isso é que é tenebrosamente difícil, porque a lógica dos interesses, normalmente financeiros e da ganância pelo dinheiro barram tudo e todos. E isso não é exclusivo de esquerda ou direita, que também cada vez menos se percebe o que é. Além disso, e na base disso, está uma forte crise do ser humano: uns querem mais e mais bens e dinheiro, bens e dinheiro, outros tentam (a maioria) sobreviver ao seu dia-a-dia, tentando não morrer no dia que passa. Apesar de toda a evolução(?) humana, estamos mais ou menos na mesma; há os que se apropriam dos outros, com mais ou menos verniz, e os que não conseguem libertar-se dessa apropriação. Não é paleio marxista. Até nas relações humanas, na conjugalidade e noutras formas de união a dois ou mais isso se verifica. É o que de animal os humanos possuem e pouco têm evoluído para a superação da falta de harmonia. Revolução francesa, revolução soviética, "peace and love",libertários, revolução tecnológica, máquinas e a treta é a mesma, ou quase a mesma. Por exemplo, temos isto, a net, mas e depois? O que é que isto adianta? Adianta? Comunicamos mais? Não andará tudo cada um no seu buraco e cada un(s) para seu(s) lado(s), tentando ter acólitos, para não nos sentirmos sozinhos? A questão fundamental é simples: falta de harmonia e ruído a mais, todo o tipo de ruído. Tudo de bom.

 
At sábado, fevereiro 11, 2006 12:17:00 da manhã, Anonymous Anónimo said...

mas que merda de conversa é esta? cambada de fascistóides que para aqui vai...isto é que é a modernidade de Viseu? atraso mental(idade) para aí não falta!
a única coisa que aqui se aproveita é o comentário do bebé, percebe? não, não percebem... de outra forma não se masturbariam da forma indecorosa e pouco profissional como o fazem. isto para não falarmos da literatura que não usam. peguem lá do Alexandre, Os convencidos da Vida: "Todos os dias os encontro. Evito-os. Às vezes sou obrigado a escutá-los, a dialogar com eles. Já não me confrangem. Contam-me vitórias. Querem vencer, querem, convencidos, convencer. Vençam lá, à vontade. Sobretudo, vençam sem me chatear. Mas também os aturo
por escrito. No livro, no jornal. Romancistas, poetas, ensaístas, críticos (de cinema, meu Deus, de cinema!). Será que voltaram os polígrafos? Voltaram, pois, e em força. Convencidos da vida há-os, afinal, por toda a parte, em todos (e por todos) os meios. Eles estão convictos da sua excelência, da excelência das suas obras e manobras (as obras justificam as manobras), de que podem ser, se ainda não são, os melhores, os mais em vista. Praticam, uns com os outros, nada de genuinamente indecente: apenas um espelhismo lisonjeador. Além de espectadores, o convencido precisa de irmãos-em-convencimento. Isolado, através de quem poderia continuar a convencer-se, a propagar-se?
No corre-que-corre, o convencido da vida não é um vaidoso à toa. Ele é o vaidoso que quer extrair da sua vaidade, que nunca é gratuita, todo o rendimento possível. Nos negócios, na política, no jornalismo, nas letras, nas artes. É tão capaz de aceitar uma condecoração como de rejeitá-la. Depende do que, na circunstância, ele julgar que lhe será mais útil. Para quem o sabe observar, para quem tem a pachorra de lhe seguir a trajectória, o convencido da vida farta-se de cometer "gaffes". Não importa: o caminho é em frente e para cima. A pior das "gaffes", além daquelas, apenas formais, que decorrem da sua ignorância de certos sinais ou etiquetas de casta, de classe, e que o inculcam como um arrivista, um "parvenu", a pior das "gaffes" é o convencido da vida julgar-se mais hábil manobrador do que qualquer outro. Daí que não seja tão raro como isso ver um convencido da vida fazer plof e descer, liquidado, para as profundas. Se tiver raça, pôr-se-á, imediatamente, a "refaire surface". Cá chegado, ei-lo a retomar, metamorfoseado ou não, o seu propósito de se convencer da vida - da sua, claro - para de novo ser, com toda a plenitude, o convencido da vida que, afinal... sempre foi."

Há dúvidas?


só para exercitarem essas cabecinhas ocas fiquem-se também com esta do Alain( não é o mesmo autor): todo aquele que não sabe a diferença entre esquerda e direita, é de direita.

se não perceberem peçam à bebé que ela(?) explica-vos.


pepe

 
At sábado, fevereiro 11, 2006 1:53:00 da tarde, Blogger SP said...

Caro Pepe

Desejo-lhe grandes masturbações profissionais como as que tem com o Alexandre.
Volte sempre, nem que seja pela Bebé.

 
At sábado, fevereiro 11, 2006 2:01:00 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Pepe, querido, ainda bem que falou no Alain. Desde que deixou a fórmula 1 tenho privado pouquíssimo com ele. Não me lembro nada dele ter dito isso, mas acredito. Ele, como menino correctíssimo e expert que é, só faz ultrapassagens pela esquerda. Quem não sabe isto faz por onde lhe dá mais jeito.

Um beijo

 
At sábado, fevereiro 11, 2006 6:52:00 da tarde, Blogger psac74 said...

Caro pepe,

Há quem consiga pensar por si, sem recorrer a citações. Eu faço por isso... Gosto de ser autónomo e de dar a minha humilde, singela e homúncula opinião. Não tenho a pretensão de entender que a minha opinião é a mais válida, nem de considerar a dos outros simples masturbações indecorosas!

Guarde o Alexandre e o Alain para si e faça muito proveito deles, enquanto me vou masturbando intelectualmente (acho que tenho direito de o fazer livremente, ou não?)

 
At quarta-feira, fevereiro 14, 2007 7:08:00 da tarde, Anonymous Anónimo said...

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