14 janeiro 2006

As (R)evoluções de Cavaco

Cavaco, ontem e hoje.

Ontem
Cavaco, o despesista I

Também conhecido como o pai do défice, cavaco encheu o país de reformados com 50 anos (de idade) e encheu o Estado de funcionários públicos. Era o sistema remunerativo da Função Pública que acabara de criar. Assim nasceu o Monstro.
Mais tarde, já depois de deixar o despesismo activo, disse a propósito do excesso de funcionários públicos: "Como nos vamos livrar deles? Reformá-los não resolve, porque deixam de descontar para a Caixa Geral de Aposentações e diminui a receita do IRS. Só resta esperar que acabem por morrer."

Cavaco, o homem das arábias
No meio do deserto, Cavaco acompanhado do seu camelo, tinha miragens e via o oásis.


Cavaco, o amigo do 24 de Abril
Concedeu pensões vitalícias aos Pides e recusou o mesmo a Salgueiro Maia.
Os pides trabalharam para o Estado, o velho, que se apelidava de Novo.
Salgueiro Maia aplicou um golpe naquele Estado, derrubou-o, e não matou ninguém.

Cavaco, o exibicionista
Mostrou, ao vivo e a cores, o bolo alimentar proveniente de uma fatia de bolo-rei que mastigava, ostensivamente, virado para os jornalistas e câmaras de televisão. Devido à falha que cavaco apresenta entre os dentes incisivos, alguns dos repórteres tiveram direito à sua quota-parte de bolo. Fala-se mesmo em jornalistas traumatizados que, a partir de então, só trabalham com câmaras e microfones-girafa.

Hoje
Cavaco, o despesista II

Já começou a dar ideias de como gastar dinheiro:
Aumentos para os políticos. Até porque é muito ético falar nisso, quando se anda em tempo de crise e a exigir sacrifícios ao povo!
A criação de uma secretaria de estado para acompanhamento das empresas estrangeiras, desde o secretário de estado, secretário de estado adjunto aos subsecretários e subsecretários adjuntos, primos e cunhados, há muito dinheiro para distribuir.

Cavaco, o homem das Américas
Cavaco descobriu o novo mundo. Seremos, qual espelho, a Califórnia da Europa. Oremos todos para que não nos saia um daqueles espelhos da Feira Popular.

Cavaco, o amigo do 25 de Abril
Entoa a "Grândola, vila morena" com convicção, só lhe falta evocar Salgueiro Maia.

Cavaco, o humorista
Cavaco diz dele próprio que tem humor inglês. Ah, então aquilo do bolo-rei era uma piada!
Atenção RTP, temos mais um Gato Fedorento.

Cavaco, o presidente-candidato, já avisou que se calhar "as pessoas colocam esperança demasiada no Presidente da República". Será caso para falar em Cavaco, o arrependido?

Não há dúvida?!

3 Comments:

At sábado, janeiro 14, 2006 11:02:00 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Bem visto. Muito bem visto. Muito Bem escrito. Manda-me o endereço completo e correcto deste blogue para o ligar ao meu. Pode ser?

 
At domingo, janeiro 15, 2006 1:25:00 da manhã, Anonymous Anónimo said...

Já estais ligados. Deve estar mesmo a dar gozo, "não há dúvida" nenhuma.

 
At domingo, janeiro 15, 2006 1:19:00 da tarde, Blogger Miriam5 said...

Como diz o povo: criaste o monstro, agora arca com ele...mas o Homem é a assim está sempre a "evoluir"

 

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