08 março 2006

A Fuga (ou não) ao Fisco - "3 short stories"

Se há algo com o que devemos ter cuidado é com esta história do Fisco. Os recentes desenvolvimentos obrigam este Vosso escriba a tomar todo o tipo de cautela legal, pelo que hoje iremos entrar no caminho da Ficção (género louvável, apesar da TVI, que, aliás, começo a seguir com alguma atenção dado o potencial humorístico que as suas novelas encerram), através de alguns exemplos de Fuga, ou não, independentemente de sermos mais, ou menos, ou nada, cumpridores das nossas obrigações republicanas (para mim a 3ª para evitar futuras dissertações sobre a IV). O personagem principal é Likor Veirau (ok, talvez um exagero género Kalvin Clein, mas é ficção).

Assim chegamos à 1ª "Short Storie":

"Ano - 1999 (o tal da série em que a Lua se via definitivamente livre de nós...): Likor Veirau tem a possibilidade de fazer aquisições no Mercado Accionista. Como é dado à paródia e gosta de ter amigos convida-os para fazerem parte de um núcleo restrito (o resto era só meio Portugal) com possibilidades de grandes ganhos. O objectivo era a compra e venda de acções para se fazer uma grande jantarada (ok, os objectivos podiam ser mais alargados, mas os escudos também não eram abundantes)".
Nota da Produção: a última frase teve o Alto Patrocínio do "Rei dos Leitões", o único Rei que sabe aquilo que Você sabe que eu Sei.
"Likor Veirau foi ganhando dinheiro nisto da Compra e Venda e conseguiu concretizar dinheiro líquido que ainda deu para a compra de alguns leitões e respectivo acompanhamento vínico e digestívico (o psac74 avaliará a existência desta palavra...). O Likor Veirau declarou os ganhos, apesar de centenas de conselhos a contrariá-lo e, alegremente, pagou o IRS respectivo. Neste ano só os parvos o fizeram, a avaliar pelos relatos que Likor Veirau foi recebendo".

"Ano - 2003 (aqui só talvez a TVI consiga arranjar uma série especial, talvez uma que nos venha demonstrar que é possível não usar o cérebro e continuar a viver, olha, a Sofia Alves já fez de cega e não deve ser difícil mostrar para os espectadores da TVI o que quiser): Likor Veirau tem a possibilidade de comprar casa por ter recebido condições fora do comum".
Nota da Produção: a última frase teve o Alto Patrocínio de "quem sabe, sabe...".
"Consultou diversos especialistas, chamados Imobiliárias, e encontrou várias casas. Qual não foi o seu espanto quando, perante as insistências que fazia de declarar o que tinha de pagar pela Casa, era recebido com olhares de espanto, do tipo "este gajo é normal?", ""Mas em que planeta vive?", e outros que, pela expressão, só fizeram duvidar Likor Veirau e cônjuge da sua própria sanidade mental. Likor Veirau venceu esta Batalha e, contra o Mundo Português, conseguiu declarar a compra de uma casa pelo seu valor de venda (a diferença foram apenas 5.000€, valor considerado por todos os historiadores como o equivalente à conquista de uma freguesia de Sobral de Monte Agraço, que, como rapidamente Likor Veirau se apercebeu, apesar de siginificativo, representou um fogacho)".

"Ano - 2004 (o do Euro, é o que me ocorre, talvez influências do Scolari): Likor Veirau já é Pai e vê-se confrontado com um conjunto de despesas extra. Em vez de se dedicar à prostituição, actividade isenta de IRS e de IVA (uma vez que o Valor acrescentado é antes, e não depois), começa a não pedir as facturas dos cafés que toma (sim, que ele não é como o Licor Beirão que toma, de acordo com o psac74, 3750 cafés por dia) e começa a cometer o pecado terrível de "sacar" cultura na Net (música, um dos hobbies de Likor Veirau). Poupou, mas, em Verdade Vos digo, Likor Veirau não consegue ouvir com o mesmo prazer um CD sacado da Net como um original, em que tem de pagar alegremente a todos os chulos que vivem, como parasitas, à custa do Artista".
Nota da Produção: a última frase teve o alto patrocínio de BTUGA, faça downloads nacionais e não paga mais...

Estas curtas "short stories" são da mais pura ficção. Qualquer semelhança com a realidade é pura coincidência.

Não há dúvida?!

3 Comments:

At quinta-feira, março 09, 2006 12:10:00 da manhã, Blogger psac74 said...

Caro amigo,

Em relação ao vocábulo "digestívico", apenas lhe posso afiançar que me sinto indignado por não ter feito parte do dito grupo que devorou o coitado do leitão!

Post extraordinário.

 
At quinta-feira, março 09, 2006 9:23:00 da manhã, Blogger Ricardo said...

Caro Licor Beirão,

Sinto a sua dor, amigo, sinto a sua dor...

Cumprimentos,

 
At quinta-feira, março 09, 2006 9:58:00 da manhã, Blogger JB said...

Caro amigo

Eu já me habituei a estas andanças. E nada me dá mais prazer do que burlar o Estado ou outra entidade que apresente lucros superiores a 300%... sempre que posso... zás... uma facada.

Estou a brincar, claro. Só há uma coisa que me dá mais prazer...

Um abraço.

 

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