20 abril 2006

Se o dizes... meu caro Pacheco!

Não sou grande adepto deste senhor, mas não posso deixar de aplaudir de pé a firmação que fez no célebre programa "Quadratura do Círculo", acerca dos "nossos queridos" deputados, no seguimento dos últimos acontecimentos:
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"- Nós sabemos (dirigindo-se a Jorge Coelho e a António Lobo Xavier) que há deputados que se concorressem a um lugar de porteiro, nem aí seriam aceites... Não sabem dizer duas linhas sobre educação, saúde, política internacional... limitam-se a levantar o braço, quando lhes é exigido!"
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Não há dúvida?!

14 Comments:

At quinta-feira, abril 20, 2006 3:23:00 da tarde, Blogger António Almeida said...

nem grande nem pequeno, não gosto... mas tem toda a razão!

 
At quinta-feira, abril 20, 2006 4:14:00 da tarde, Blogger SP said...

A imagem e a realidade (pelo menos segundo JPP, pois convém não esquecer que existem as comissões parlamentares), que passa é essa. Na realidade, meia dúzia, ou pouco mais, de deputados têm o privilégio de se exprimir e participar nos debates da AR. É verdade que muitos que lá estão de corpo presente estão a fazer número, a trabalhar para o quórum. E isto levanta justamente a pertinente questão da Disciplina Partidária.
Ela tolhe ou não a liberdade e o debate de ideias? Confesso que havendo mais autonomia partidária, pelo menos uma disciplina partidária menos agrilhoante, que o trabalho parlamentar seria mais produtivo e, consequentemente, mais motivador.

P.S. - Poupo-vos a virem dizer-me: então sp achas que os coitadinhos estão desmotivados, é isso?
Respondo, desde já, que nada justifica o episódio vexatório de quarta -feira passada. No entanto, o acontecimento levanta questões importantes que a serem discutidas e revistas só contribuirão para melhoria da actividade do parlamento e da sua imagem.

 
At quinta-feira, abril 20, 2006 5:33:00 da tarde, Blogger psac74 said...

Cara sp,

Actividade do Parlamento?
No mesmo programa, o mesmo senhor (que volto a repetir, não pertence às minhas referências ideológicas, nem nutre a minha simpatia) deixou no ar que pouco se faz no parlamento! Aliás, nos moldes em que se desenrola o trabalho parlamentar, ele disse que, mesmo que um utópico pretenda trabalhar no dito parlamento, passados três meses, perde o utopismo!

 
At quinta-feira, abril 20, 2006 6:05:00 da tarde, Blogger SP said...

Caro Psac74

"Aliás, nos moldes em que se desenrola o trabalho parlamentar..."

O meu caro reforça justamente o que eu pretendo dizer no meu comentário.

 
At quinta-feira, abril 20, 2006 6:10:00 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Não vi o programa, mas concordo com JPP. Como estava o Coelhinho no programa? Comprometidooooo? Ele foi um dos presentes-ausentes.

É verdade que alguns dos deputados fazem muito pouco para o que auferem (vencimento e regalias). Vive-se lá (AR) uma cultura de "laisse-faire, laisse-passe". A prová-lo estão as declarções, cândidas ou não, de alguns dos deputados.

A amiga sp, sugeriu que as comissões paralamentares coarctam a liberdade de participção e debate de ideia?? Pois, desconheço. Ainda bem que nunca aceitei convites para ser militante do que quer que seja.
Mas se as comissões reconhecem apenas a alguns o previlégio de participarem, porque não reduzem o grupo parlamentar a esses alguns?

Mais, porque é que o 1º Ministro não aproveita para anunciar que vai estender o choque tecnológico à AR? Porque não instala o sistema de "pica ponto" à entrada e saída? Ou consideram-na uma medida indigna qando aplicada a eles? ou então fornecer-lhes, em alternativa, pulseiras electrónicas que permita aos lideres parlamentares visualizar por onde andam os seus colegas?
(Vá lá, Sr. Primeiro Ministro, esforce-se e "pulseiras neles")

 
At quinta-feira, abril 20, 2006 6:17:00 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Quem ler a amiga sp ainda vai pensar que os "pobres desgraçados" não dispõem de condições de trabalho e vivem sob a ditadura das comissões.
Não tarda nada estamos a inverter as posições. Os deputados são as vitimas e povo será julgado por não lhes facultar condições condignas às funções que exercem...
Vaai ver que não tarda nada teremo-los a todos a alinharem pelo discurso da vitimização.

 
At quinta-feira, abril 20, 2006 6:22:00 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Com a atenção direccionada para o ´tema até me esqueci de comentar a foto. Não o reconheci, está girissimo. Deve ser daqueles acabelos soltos ao vento...è muito mais bonito na foto do que na TV.

 
At quinta-feira, abril 20, 2006 6:24:00 da tarde, Anonymous Anónimo said...

que erro!!!!! aqui vai: "tê-los-emos"

 
At quinta-feira, abril 20, 2006 10:03:00 da tarde, Blogger SP said...

Cara asna

não sugeri nada disso. Leu mal, interpretou mal ou eu não me fiz entender.
Quando me refiro às comissões parlamentares faço-o no sentido de as separar da face visível- a mediatizada e portanto,a imagem do parlamento- que é o hemiciclo, por elas constituirem uma parte invisível do trabalho parlamentar. Não questiono a utilidade de todas, mas são parte importante da actividade do parlamento.
O que coarta, a meu ver, o debate de ideias é a rígida disciplina partidária a que estão sujeitos os deputados. Quem decide como se vota são as direcções das bancadas parlamentares. Se esta é a importância de lá ter deputados, não são necessários elevados e exigentes critérios para os escolher. Basta que tenham um braço. Qual a necessidade e importância de ter ideias e dons de oratória?
Eles não são vítimas, quando muito sê-lo-emos todos. Um trabalho pobre no parlamento, empobrece a democracia.
Por isso, é necessária alguma mudança, não só no estatuto dos deputados.
E já que estamos em tempo de comemorar o centenário de Beckett, deixo aqui um dos seus lemas:
Tentar outra vez. Falhar outra vez. Falhar melhor.
Quanto ao JPP, que vem ufano insugir-se contra a qualidade dos deputados, só lamento que não o tenha feito quando lá esteve e, pergunto, se a utopia acaba ao fim de três meses o que esteve ele a fazer na AR 3 legislaturas, uma delas como líder da bancada do PSD?

 
At sábado, abril 22, 2006 9:54:00 da tarde, Blogger Pirolito said...

Ora essa... o que esteve o JPP a fazer na AR durante três legislaturas? A levantar o braço!
A subtil diferença foi que, no seu caso, até percebia duas linhas sobre saúde, sobre economia e sobre política internacional.
O problema de JPP tem certamente a ver com uma patologia designada por amnésia selectiva.

 
At segunda-feira, abril 24, 2006 9:54:00 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Muito bem visto pelo senhor anterior. O Pacheco é um esperto que sabe enquadrar-se bem com a boa vida. Eu diria que não passa de um tonto com proveitos político-individuais das suas tontices. Tudo de bom que ljá dei demasiado tempo de antena e ele tem que chegue.

 
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