03 janeiro 2006

As Marias dos Candidatos

Há um assunto que eu ainda não vi discutido nestas presidenciais o que, dado o rigor e preciosismo de alguns, lembrando pormenores sórdidos, detalhes inconvenientes, olhando para a árvore e não para a Floresta, não está certo: as futuras Primeiras Damas. Como se relacionam com os respectivos maridos/companheiros, têm vida íntima, essa vida íntima é para procriar ou só para se divertirem?, etc, etc. Fiz uma investigação séria e rigorosa e tracei um perfil das actuais companheiras, bem como do perfil desejável, actualmente, para cada um dos Candidatos:

Soares - A Maria tem bom aspecto, de quem teve sempre uma vida amorosa tranquila e frequente. Nem sempre correu tudo bem (temos o João Soares), mas genericamente foi bom. Tinha relações para se divertir até o filho ter o acidente e ela se converter ao Catolicismo, altura em que passou a ser só para procriação. Dada a idade dela não vemos hoje o Clã Soares reforçado com mais 20 filhos.
Para o Soares, e dado ter sido dada grande relevância ao estado da próstata (nada sendo dito quanto ao tipo de ejaculação, resultado habitual nestes testes), sugeria uma Corneta;

Cavaco - A Maria tem aspecto de quem sempre sofreu com o acto em si, talvez derivado de o próprio não aparentar grande dinamismo nessa área. Existe ali claramente um "gap", mas isto também é habitual nos Salvadores da Pátria, cultivadores de relações quase ascetas. As relações deviam também ser só para procriar e, como na altura não havia estes problemas de Stress que fazem prolongar os treinos, somos capazes de arriscar um nº total: 5.
Para Cavaco recomendaria nesta altura alguém com um perfil rígido e pouco dado a aventuras... como o ano novo foi há pouco tempo talvez uma Passa;

Alegre - A Companheira passou por maus bocados uma vez que, parece-me, foi na área de relacionamento íntimo que o Alegre desenvolveu aquele hábito do "A mim ninguém me cala". E ela também não o conseguia calar. Sexualmente devia ser para pura diversão. Actualmente, parece-me que os Whiskies devem ter morto qualquer coisa, daí talvez o ar de desgraça que aparentou nos debates.
Para Alegre recomedaria para os próximos tempos um Soneto;

Louçã - A Companheira, era incialmente uma activa militante de extrema-esquerda, tipo tudo ao molhe. Contudo, e como apanhava cada seca do estilo Padreco-com-Pregação-de- uma-Moral inatacável, própria do Louçã, está hoje retirada como Irmã Carmelita. O Louçã deve ser pouco regular, o que apressou este desenlace.
Para este candidato recomedaria um seminarista caído em desgraça;

Jerónimo - A sua companheira deve ter tido sempre enormes dificuldades, uma vez que não é fácil ser-se metalúrgico (e portanto habituado a malhar no ferro), inicialmente, e depois dirigente do PC (e portanto habituado ora a ser malhado ora a impedir que outros malhassem). Assim, não vislumbro um passado muito famoso.
Para Jerónimo recomendaria algo que o pusesse bem disposto, tipo Fábrica Multinacional encerrada, para que ele se lembrasse dos bons velhos tempos;

Garcia Pereira - Os maoístas sempre foram peritos em esconder o passado e este não foje à regra... Recomendo-lhe uma Esfregona

Não há dúvida?!

11 Comments:

At terça-feira, janeiro 03, 2006 10:21:00 da tarde, Blogger JB said...

Simplesmente genial.

 
At quarta-feira, janeiro 04, 2006 12:04:00 da manhã, Anonymous Anónimo said...

Ó Beirão, já não te entendo!
Um dia, tudo cabe no direito à diferença. No outro, têm todos de ser diferentes??
Eles são felizes assim. E enquanto andamos nós a ver passar comboios, eles levam a aguínha ao moínho!!

Beijos

 
At quarta-feira, janeiro 04, 2006 12:11:00 da manhã, Anonymous Anónimo said...

Como?!
Repita lá por favor!

"derivado de..."?!!!
"derivado de..."?!!!

Ah!... muito obrigado.
Já disse tudo...

Um bagaço forte por favor!

 
At quarta-feira, janeiro 04, 2006 12:39:00 da manhã, Blogger psac74 said...

Ó caro Licor Beirão,

Delirei com tal post.
Subescrevo a opinião do JB: "simplesmente genial".
Criatividade inigualável!
Pena é que haja quem dê mais atenção aos ferrolhos que foram colocados nas portas, do que à magnificência da obra no seu todo... (esta é para o anónimo anterior e, também, por que não colocar uma vírgula antes do "por favor", já que queremos ser tão perfeccionistas?!).

Já, agora, outro bagaço forte, por favor!!!

PS - Muito bem-vindo...

 
At quarta-feira, janeiro 04, 2006 12:33:00 da tarde, Blogger Ricardo said...

Fenomenal...

Só uma chamada de atenção: cuidado com o Loiças...é que ele já gerou uma vida....

 
At quarta-feira, janeiro 04, 2006 12:35:00 da tarde, Blogger Ricardo said...

É verdade....

Não gosto de bagaço. Pode sair uma mini?

 
At quinta-feira, janeiro 05, 2006 12:15:00 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Caro, ou, cara, psac,:

Se, não, sabe, a, diferença, entre, não, colocar, uma, vírgula, e, a, utilização, da, cada, vez, mais, célebre, expressão, entre, os,futebolistas, "derivado de...", não, sou, eu, que, lha, vou, explicar!
O, Saramago, para, si, deve, ser, um, mau,escritor, não, porque, escreva, mal, mas, porque, não, põe, vírgulas...
Sugiro, uma, coisa, que, deve, ser, muito, interessante, para, si: vá, pôr, vírgulas nas, obras, do, Saramago!...

Já, não, é, de, bagaço, que, preciso, mas, de, absinto! Duplo!

Como, não, o, fiz, no, comentário, anterior...
o, meu, nome:
Luís, Cepa: visitante, ocasional.

Boa, sorte, para, o, blog,!

 
At quinta-feira, janeiro 05, 2006 3:54:00 da tarde, Blogger psac74 said...

Meu caro Luís Cepa (o nome não me é de todo estranho...)

Quero antes de mais agradecer a sua visita e participação espero que o continue a fazer.

Em relação à utilização da expressão em causa se bem me recordo não a defendi! Apenas me limitei a defender e elogiar o exercício mental realizado pelo autor do "post" que aliás foi brilhante (é a minha opinião). Na verdade não é aquela expressão menos conseguida que aconteceu e acontecerá mais vezes (quem é que não tem telhados de vidro?)que apaga a candura de tal escrito!
No que respeita à virgula peço-lhe que interprete devidamente a minha afirmação: sugeri a colocação da vírgula se bem me recordo por questões de perfeccionismo e não por erro. Mas olhe que a não colocação de vírgulas em alguns casos é grave!
No que concerne a José Saramago devo dizer-lhe que veio bater à porta errada já que eu ao contrário da célebre inquisição dos anos 80 faço parte dos seus seguidores e admiradores (rio-me de quem afirma que ele não sabe pontuar).

Um abraço

PS - Agora coloque as vírgulas como bem entender...

 
At quinta-feira, janeiro 05, 2006 4:25:00 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Como vê, as vírgulas têm pouca importância.
Agrada-me verificar que concorda.
Já o "derivado de"...
Mas, também não é razão para se queimar o autor em auto de fé...como bem diz.
Acontece...

Renovo os votos de boa sorte.

Respeitosos cumprimentos,

Luís Cepa.

 
At quinta-feira, janeiro 05, 2006 11:47:00 da tarde, Blogger psac74 said...

Caro amigo,

Desculpe voltar à carga, contudo não podia deixar de lhe dizer quatro coisas:
1º - Por falha minha, não lhe divulguei no comentário anterior, mas não sou caro, nem cara, apenas um barato (em saldos!!!);
2º - Atenção que eu não disse que as vírgulas não são importantes (olhe que no outro comentário, para não me alongar, não explorei o facto de estar enganado em relação ao Saramago - ele não é criticado por não colocar vírgulas, mas por utilizá-las em vez da restante pontuação!);
3º - Tenho pena que seja, apenas, um visitante ocasional;
4º - Ainda bem que desta vez não pediu qualquer tipo de bebida alcoólica, pois, caso contrário, desconfio que não encontrasse as teclas! (em tom de brincadeira, como é óbvio).

Um abraço

 
At sexta-feira, janeiro 06, 2006 12:29:00 da manhã, Anonymous Anónimo said...

Derivado de – que ou o que deriva de outro (diz-se de palavra, substantivo, etc.); que é proveniente de uma circunstância anterior; oriundo, procedente. Diz-se de, ou relativo ao vocábulo formado por derivação.
Devido a – considerado um galicismo pelos puristas; por causa de; em razão de; em virtude de.
O verbo derivar é regido apenas pela preposição de, pelo que “derivado a” será sempre uma expressão errada, criada por analogia com a expressão “devido a”.

Cf. Devido a / derivado de + Devido

N.E. – A propósito de os puristas considerarem “devido a” um galicismo, vejamos o que diz Domingos Paschoal Cegalla, no seu Dicionário de Dificuldades da Língua Portuguesa (Editora Nova Fronteira, Rio de Janeiro): «devido a. (…) Alguns autores negam, sem razão, legitimidade a esta locução, já consagrada pelo uso. (…) 2. Devido pode funcionar como adjetivo (ou particípio), caso em que varia em gênero e número: Ele falou do respeito e amor devidos aos pais. / Prestaram-lhe honras devidas aos heróis. (…)».


in http://ciberduvidas.sapo.pt/

 

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